Ah, quantos Artistas encontrei no ambiente do Direito: Olivas, Teófilos, Moreiras, Berquós, Silvas etc. Poetas, escritores, pintores, músicos. E quantos outros sabiamente desistiram desse ramo organizador, instaurador da ordem e guardião de uma espada que pode defender o bem e o mal?
Em verdade, trabalhar no ambiente jurídico é doloroso e muitos que atuam nessa área acabam se escondendo na hora da luta, pois, por Justiça, devemos enfrentar demasiadas vaidades, mentiras, crimes, famílias destruídas, exploração de trabalhadores. Tudo isso demanda um autoconhecimento profundo. Com efeito, a energia negativa desse meio exige um sacrifício diário e heróico. Não por acaso, essa insípida profissão costuma fulminar o artista que existe em todo e qualquer humano.
Por outro lado, e isso para nós é uma luz, muitos dos consagrados artífices da beleza passaram pela seara jurídica. Também, aprendemos que os mais admiráveis Juízes, Promotores e Procuradores possuem certa irreverência, uma delicadeza de tratamento com seus subordinados e são lúdicos nos intervalos de suas batalhas...
Oh, meus Irmãos de Fé, em minhas preces almejo a força necessária para que possamos lutar com bravura e sem perder aquela doce criatividade que nos torna humanos e capazes de materializar neste mundo um pouco de tudo aquilo que realmente é Eterno e Belo!
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