segunda-feira, 23 de novembro de 2015

UM SUICÍCIO COLETIVO NO CLUBE



Hoje estive em um clube. Desses em que as pessoas vão para aproveitar uma piscina e um dia de sol. Ah, a luz, como ela é essencial...

Não posso dizer que vi as pessoas mais próximas de como elas vieram ao mundo. Não! Um bebê, além de nascer pelado, nasce saudável e com um grande potencial para elevar as suas animalidades naturais. Contudo, a maioria esmagadora dos seres humanos adultos que vi tinham seus corpos deformados. Muitos obesos. Outros pálidos. Mas, todos eles com os olhos sem brilho, apagados. Ainda que estivessem dançando ou se divertindo com os seus, os olhos de todos estavam apagados!!!

Meu coração doeu, assombrou-se. Percebi que, em geral, basta observar qual tipo de alimento uma pessoa tem na mão para saber qual o estado de espírito dela.

Dizem que, em regra, se o corpo está doente, a mente também estará. Então, é possível presumir sem dúvidas: a humanidade caminha para um suicídio coletivo. Morrendo pela boca. Aliás, muitos já estão mortos, vagam como zumbis. Dificilmente conseguirão viver as sutilezas do espírito e da vida: a beleza da arte, de uma boa e verdadeira comida mastigada lentamente, de uma experiência mística, de criatividade, de espanto em face da vida, de uma postura corporal elevada, de um sexo com amor e elevação do espírito, de um momento de dúvida sobre o caminho que seguem etc. Enfim, essas experiências sutis e abstratas que valem e merecem a eternidade...

Tive vontade de chorar, de ajudar.... Vi que eu mesmo preciso melhorar minha alimentação e postura.

Hoje tive a certeza: há de se fazer alguma coisa pelos meus irmãos, afinal, não sei exatamente o quê, mas essa certeza habita em minha alma...
 
 
 

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