segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

UNE VERSUS O CULTO





POETIZADOR
O que eu faço melhor?
Escrever 
Se é belo ou nada
Não é o tempo que dirá

SINESTESIA
O que é Poesia?
c-oração
coro-ação
Uma pintura de cor-oração

Pintura: SANTIAGO EM ORAÇÃO, 1661
Autor: Rembrandt, 1606-1669



NA FRONTE DO SER
Ó iniciado, assume aquilo que é teu
Não digas do outro; diz "sim, sou eu!"
Colhe o eco e terás o Cetro do Poder
Apenas dominando o módulo de ver





A REFLEXÃO DE NARCISO
A visão sincrética de sujeito-objeto
Deu-lhe o conhecimento hermético:
Ele era o único autor de sua condição
O externo é eco do interior: projeção

Dessa experiência surgiram dons:
Ver os outros como reflexos bons
Pensar, sentir, falar em belo tom
E fazer Silêncio em meio ao som

Pintura: NARCISO, 1597-1599
Autor: Caravaggio, 1571-1610



A MATRIZ DA LIBERDADE 
Ó iniciado, anseias por liberdade 
E não sabes: ela é apenas a flor
Mantida pela raiz desse primor:
A busca solitária pela Verdade
                 
Mergulha fluindo no desconhecido
Queima teu corpo, mente e espírito 
Aceita teu sepulcro, faz a tua lápide
Logo, de verdade colherás liberdade




MINISTÉRIO DA  MORTE
Ó iniciado, aceitai vossas mortes
Elas remirão medos, ansiedades
E, então, não mais descereis
Eis o mistério da verdadeira Vida.




As três fotos acima se referem ao 
ritual Samurai de Seppuku ou Harakiri.




DAS STARS SUFIS  

Estar no mundo, sem ser dele
Estar no corpo, sem pertencer 
Estar em Amor
Ser do Amor

Entre opostos, rodopia
Ó dançarino do atrito
E, em si, prepara a vela
Navegante em Chamas




A CHAVE
Para receber Amor
vivas em aberturas
Para sair o ódio 
 morras sem fechaduras



Só flor toda desabotoada

Colhe calor-luz do Sol
Faz de si bendito farol
louvando tudo por nada



O CULTIVO
A semente na terra guardara
seu fogo quisera água, preces
e tempo e tempo e mais nada 
para de repente romper ares





FILIAÇÃO


A verdadeira Arte nasce do Coração 
A sua lógica e razão é a mesma do Sol





OS ARTÍFICES DE SI - UM FAROL
Em face de um dilúvio fatal, 
descobre-se 
a importância de aprender a nadar 
e construir navios.




A BARCA DA POESIA 
O Som foi aprisionado em uma pequena caixa 
e todas as suas palavras se tornaram escravas 

Então, seu Pai, compadecido, enviou-lhe a Poesia 
Ela sabia liberar o Verbo, pois era filha do Silêncio 
E nela estava o mapa da espiral humana 
que pode despedaçar jaulas e fulminar dédalos 

Comerciantes fingiam ter poesia e ciência 
Mas, só homens raros viveram fábulas
e esses eram o Povo do Caminho 
O resto morreu na onda da contramão 
  
No fim, os que sentiram um visco no olho,
viram um lampejo no cativeiro secular térreo
 E, ao chamado da real Poesia, embarcaram...





A CURA DO CEGO
A sombra ainda não é
Tudo é Luz




MANTRA-ORAÇÃO
O que o Universo quiser ensinar 
ou em mim despertar
Agradeço





LÁPIDE
Pelo que o Universo me despertara
Gratidão





PRIMEIRA PERGUNTA
Quando fizera a pergunta essencial
Perdera a língua
Quando buscara a pergunta essencial
O mundo sumira



CSEM PROVAS
Quando as provas da razão abundavam
Nada sabia
Quando não existia razão
Experimentara






A SABEDORIA
O inferior, sendo reflexo,
jamais fere o Superior
e só serve



ARGONAUTAS
Os Navegadores se adaptam,
em qualquer matéria de onda,
acima da rebentação tétrea
como sufixos triangulares






UNS
Se
Um
Faz 
Inúmeros

Se
Um
Fomenta
Inomináveis

Se
Uns 
Folheiam
Internamente
Saberão
União
Faz
1





PREFIXOS TRIANGULARES
Saiba
Ungir
Fendas
Invisíveis






ESPIRAL DOURADA
Uma alta montanha
terás de subir
e do caminho
colherás compreensão


No fim da espiral
tu despertarás
todas as galáxias
confinadas em ti





 
UM NOVO PARTO
Um corte, a sombra (re)clama
Vem da Luz, uma lâmina
E toda dor do inferior
Eleva-o até o superior

Toda ilusão do não-ser
Permanece em lamentos
Até que em si mesmo gere
O Condutor de seus intentos
Foto de Fernando Marinho.





ASSEMELHAÇÃO

Se vós desejais ir para o céu,
Tende a coragem de um Deus:
Descei no fundo do inferno
Agindo como num belo passeio




A PONTE NO QUARTO

Ó solitário, está certo
O Trespasse da ilusão
Demanda um cetro
Enfeixado no coração

És, sim, espelho, ó Anahat
Só a trêmula sombra
Que se vê em ti
Vive 



























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