segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O ESQUARTEJAMENTO

Quando seus pés foram cortados e separados, ele sorriu e falou: "Eu passeava e dançava com esses pés, mas é sem eles que em breve darei o último passo. Agora, em mim não há mais raízes e nem o caminhar, pois já não existe distância até o Bem-Amado". 

Quando suas mãos foram-lhe arrancadas, ele pintou a sua face com o sangue que jorrava de seus punhos. Os algozes, assustados com a sua indiferença à dor, indagavam o porquê. Ele com os olhos firmes proferiu com vigor: "Perdi muito sangue e por isso meu rosto está pálido. Minha face tornou-se amarela como a de vocês, mas eu quero que saibam e não pensem que estou com medo..."

Depois de ter mãos e pés decepados, ainda assim, ele matinha um sorriso sereno, pacífico. Os executivos de seu corpo ficaram terrificados. 

Então, no dia seguinte, assombrados por o encontrarem vivo e contente, eles perguntaram com um ar de cansaço pouco antes de cortarem-lhe a cabeça: Al-Hallaj, como ainda podes estar feliz?
E ele declarou: "Ó, MEUS IRMÃOS, PORQUE VOCÊS E EU SOMOS TODOS A VERDADE!" 


Essa é a história verídica de Mansur al-Hallaj, um mártir e santo do Sufismo, condenado à morte via tortura por dizer que ele e deus eram Um...







Nenhum comentário:

Postar um comentário